28 de setembro de 2013

Color esperanza

Se a confiança e a esperança fossem superiores ao medo e à insegurança, eu seria uma pessoa completamente diferente, não ficaria calada e sentada a presenciar coisas que preferia agir para muda-las, não teria perdido oportunidades únicas na minha vida, seria muito mais ativa, mais positiva, seria como viver naquele mundo cor-de-rosa que nos pintam quando somos mais pequenos.
Muitas vezes, melhor, a maior parte da minha vida, por muito que me custe a admitir viveu oprimida por mim, mas fico muito feliz pelo facto de ter decidido que este ano seria diferente, este ano ia tentar não oprimi-la tanto, soltar-me, aproveitar as oportunidades, desfrutar dos momentos, a agir, a mostrar os meus sentimentos, a deixar de pensar nas opiniões e ser genuína, espontânea, tudo aquilo que não tinha oportunidade de ser a tempo inteiro.
Para mim pequenos gestos chegariam para pintar a minha vida e o nosso mundo de cor esperança. Pequenos atos de boa educação com estranhos e conhecidos, a pura inocência das crianças nos adultos, em nós, grandes sorrisos, abraços diários, demonstrações de carinho que põem qualquer pessoa de bom humos e têm a capacidade de pintar da cor do arco-íris o dia de qualquer pessoa e encher de esperança os corações de todos nós.

Mas não vivo só de esperança, e não considero a esperança aquele elemento fundamental. Eu acho que é necessário aliado com outros sentimentos, acho que apenas uma mistura de sentimentos é capaz de me satisfazer, de me alegrar, de me fazer querer viver. Não um sentimento isolado...
Quando penso no meu futuro, sinto-me assustada, completamente aterrorizada sem saber o que vou fazer à minha vida, tanto profissionalmente como pessoalmente. Mas tenho sempre uma esperança dentro de mim, algo que me diz que tudo há de correr bem, que tudo vai correr como Deus quiser que corra, de acordo com o seu plano para mim, e que seja o que for que aconteça eu vou conseguir superar e vencer todos os desafios e tornar-me na pessoa que quero e que Deus quer para mim. 

26 de agosto de 2013

Eu esperei...

Eu acho que em vez de desesperarmos devemos agir. Claro que é muito fácil dizermos que temos de agir, desesperarmos, criticarmos o que vemos de mal à nossa volta, a grande dificuldade é sem dúvida tomarmos partido, e finalmente decidirmos que temos de agir, e não ficar só por ai, há que chegar mesmo ao ato propriamente dito. Mas por muito que digam que um pequeno gesto faz a diferença, só os grandes gestos conseguem mover e mudar a sociedade, e para isso é preciso saber motivar, saber expor a situação, é preciso alguém se chegar à frente e mostrar a sua determinação perante uma causa, mostrar às pessoas que não é só mais um projeto que aparenta muito mas que no final se sabe que nada vai resultar dele, um projeto em que o povo não acredite, e não sinta que é algo pelo qual deve lutar.

Nós olhamos à nossa volta e só vemos situações necessitadas de esperança, em geral temos um povo que não acredita em melhoras para o país, o que traz ainda mais pessimismo para quem está a tentar resolver o problema, o que piora ainda as coisas porque pessoas desmotivadas a tratar de problemas não resolvem nada. Confesso que não consigo ser muito mais concreta que isto, porque sem uma esperança no país e no futuro que este nos pode trazer, muitos sonhos, muitas oportunidades, muita felicidade desaparece por completo. Acho que não podemos esperar grande coisa, acho que até alguém se conseguir destacar, e for capaz de reconfortar e dar a esperança que as pessoas precisam de sentir, de uma forma clara e verdadeira relativamente ao que se passa e aos seus objectivos, será quase impossível revolucionar e injectar alguma alegria esperançosa em Portugal, porque como diz a musica de Tiago Bettencourt, tudo fazem para disfarçar o que se passa, mas esconder no que realmente nos estamos a tornar, mas o que precisamos mesmo é da verdade e de vontade de agir e mudar.    


22 de junho de 2013

Acaso or maybe not....

Nós somos apenas simples pessoas que vivem a sua medíocre vida e que não dão a devida importância aquilo que as rodeia. Quantas vezes a mesma pessoa não se cruzou connosco, quantas vezes tivemos a sensação de que algo já nos tinha acontecido, que já tínhamos visto algo antes. Quantas vezes comentamos que se algo não tivesse acontecido que não teríamos chegado onde chegamos, que se não tivéssemos ouvido uma certa explicação que a nossa nota do teste teria sido completamente diferente… Eu cá acredito que tudo acontece por uma razão, que nada é por acaso, que todos temos um caminho que nos pertence e que acabaremos por seguir. E é exactamente por causa disso que eu estou aqui, e que o sou como sou e que esta foi/será a minha história.

Com dezassete anos e ainda com uma vida inteira pela frente, com um montão de sonhos, de desejos, de ansiedades. Viver em Havana é o pior e o melhor do mundo. Todos os dias são uma desculpa para nos baldáramos às aulas e fazermos aquilo que mais gostamos… Há quem forme um grupo e vá tocar para o pé da escola, há quem vá apanhar umas ondas, há quem se junte para uma boa futebolada e há ainda quem se junte para relaxar, para se sentir e para dançar. Todos os dias variávamos nas diversões que usávamos como escape, porque sim, eram o nosso escape para tudo o que se passava, por tudo o que fingiam que não se passava mas que nós sabíamos perfeitamente.
Aquele seria para mim o dia do Surf, por muito que eu não surface eu ficava a ver, a apreciar os movimentos, a sentir a brisa, a olhar o pôr-do-sol, a apanhar sol… Havia muito pouco que me deixasse tão bem como aquele sol. Mas hoje não estava sozinha, hoje alguém tinha ficado comigo porque estava um belo sol para uma tarde de bronzeio...