22 de junho de 2013

Acaso or maybe not....

Nós somos apenas simples pessoas que vivem a sua medíocre vida e que não dão a devida importância aquilo que as rodeia. Quantas vezes a mesma pessoa não se cruzou connosco, quantas vezes tivemos a sensação de que algo já nos tinha acontecido, que já tínhamos visto algo antes. Quantas vezes comentamos que se algo não tivesse acontecido que não teríamos chegado onde chegamos, que se não tivéssemos ouvido uma certa explicação que a nossa nota do teste teria sido completamente diferente… Eu cá acredito que tudo acontece por uma razão, que nada é por acaso, que todos temos um caminho que nos pertence e que acabaremos por seguir. E é exactamente por causa disso que eu estou aqui, e que o sou como sou e que esta foi/será a minha história.

Com dezassete anos e ainda com uma vida inteira pela frente, com um montão de sonhos, de desejos, de ansiedades. Viver em Havana é o pior e o melhor do mundo. Todos os dias são uma desculpa para nos baldáramos às aulas e fazermos aquilo que mais gostamos… Há quem forme um grupo e vá tocar para o pé da escola, há quem vá apanhar umas ondas, há quem se junte para uma boa futebolada e há ainda quem se junte para relaxar, para se sentir e para dançar. Todos os dias variávamos nas diversões que usávamos como escape, porque sim, eram o nosso escape para tudo o que se passava, por tudo o que fingiam que não se passava mas que nós sabíamos perfeitamente.
Aquele seria para mim o dia do Surf, por muito que eu não surface eu ficava a ver, a apreciar os movimentos, a sentir a brisa, a olhar o pôr-do-sol, a apanhar sol… Havia muito pouco que me deixasse tão bem como aquele sol. Mas hoje não estava sozinha, hoje alguém tinha ficado comigo porque estava um belo sol para uma tarde de bronzeio...